quinta-feira, 6 de agosto de 2015

MARIA


Maria

Nas areias não as do deserto
Mas do ar do tempo,
Que sopram no vento
E num redemoinho sobem,
Rodando
Rasgando
Dilacerando
A pureza de quem
Não sabia sentir.

 E quando a luz dos olhos
Se tocam,
Num simples e eterno segundo,
Vira caleidoscópio
Decompõem em cores.
É arco íris
E na noite vaga lume
É lua cheia.
Azul num só tempo
Em dois ciclos é uma só.

E me ensina a sentir
O que pensava conhecer
Esta dor
Chamada amor
E mesmo com dor que dói sem doer
Fico puro na inocência
Que não tenho mais
Pois aprendi a sentir.

Anagrama é teu nome
Não te procurei nem procuro.
No tempo que passou
Comigo caminhou
No tempo que caminha
Não temos caminhos
No tempo que há de vir caminharemos.
Pois imortal é este caminho
Chamado amor

Quando não houver mais caminhos
Só vamos flutuar.
Estrelas
Se amando ao luar.
Pois assim esta escrito
Assim será cumprido.
O criador dentro do meu tempo
Colocou o seu tempo
E tempo mais tempo
Infinito é.
Esta dor
Chamada amor.

 

Martorano Bathke.
e-mail :martoranobathke@hotmail.com
*Publicação permitida desde que conste o nome e e-mail do autor.

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