terça-feira, 24 de maio de 2016

VOLÁTIL


VOLÁTIL

Tensionado pelas cordas de couro de búfalo, e dentes de puma, perfurando e rasgando o meu musculo peitoral eu girei e girando senti a maior dor física, e em mil voltas físicas e de dor, fiz o voto de bravura e resignação ao deus sol. Sioux ou apache mesclare-lo, no México com Carlos Castanheda tomei pio-te e mais e em outros lugares tomei o elixir da busca.

Quem sou eu, quem é você, como se diferença há que haja, sobreviventes e dominados pelo incansável tempo. O tempo da evolução, como se o tempo existisse, convenção relativa de existência temporal.

Somos físicos ocupamos espaço, ha.... o espaço e o tempo, incógnitas imensuráveis. Nos locomovemos nestas incógnitas, ou é simples imaginação, ou tão real que não temos a percepção do ser, alcançar o conhecimento que não nos foi dado.

E no cérebro navegantes somos, na viagem do tempo e do espaço, e nos genes dos antepassados a memória volátil, dissipada que tudo sabemos e perdemos a capacidade de reconhecer. Somos triângulos, não nos enquadramos no quadrado dos elementos, que é essência na terra e no universo fluidos, que fluem em estados que só o tempo os torna iguais e os modificam.

Recompensa só no atemporal, no espírito transcendental, sub rotina imortal do que realmente somos, o privilégio da evolução, que despercebida passa na efêmera ilusão da matéria volátil. E o volátil e o fluido é o fio da navalha. E ser volátil, é ser superfície gasosa, mas quer ser sólida.

E quando sólida imortal se torna, e ao mesmo tempo é fluida e fluida sou eu é você, e voláteis gasosos são nossos encontros que no vento se dissipam. E no retorno tocamos a água corrente do rio, que na frente evapora fluida e volátil, como chuva nos toca a mesma água que fluiu. Quem disse que não se toca a mesma água corrente do rio, mero engano.

Espelho, espelho meu, existe alguém mais volátil que eu? Ser humano na terra você é o câncer, mas existe o teu oposto a que você teima em destruir, a natureza, espelho que o Criador te deu.

Por que você se olha no espelho e não se vê? VOLÁTIL!

Martorano Bathke


 

*Publicação permitida desde que conste o nome e o e-mail do autor.

4 comentários:

  1. Tive o prazer de ler todos os livros de Carlos Castaneda (10) publicados no Brasil. Realmente o texto do Ronald é de excelente qualidade. Parabénsa

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  2. Golhas, como o chamávamos carinhosamente, no tempo dos "Pássaros da Liberdade", clube que participa dos jogos abertos de São Joaquim, você, especialmente, foi o grande mestre dos saltos ornamentais, tendo como parceiro o Carrrasco, na piscina do Astrea. Assim como foi grandes campeões o Fritz, o Quati, o Ivan e este velho lobo do mar. Alias 'velho lobo do mar' éra o saudoso Tio Bica.
    Nos anos 90 me dediquei a nadar em mar aberto grandes distancias, diariamente, no litoral gaúcho.
    Treinava, sonhando em nadar a Costa Brasileira, os mais de oito mil quilômetros.
    Tal dia, o mar remexido me deslocou um braço, assim mesmo, consegui, com a Graça de Deus, voltar a terra firme.
    Esta muito claro para mim que a G'ota d'água do mar do teu poema o torna um poeta, além das tuas outras qualificações. A mim, fica a satisfação de ser feito parte desta história...

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